Foto: Divulgação
A exposição foi construída com base no conceito de "percurso", termo que, segundo Paes, é fundamental para entender a experiência do Círio de Nazaré. “Pensamos o Círio como um espaço de encontro de muitos percursos. Quantas pessoas não se encontram na procissão? Quantos desejos diferentes, concretizados nas promessas, não encontramos nesse espaço de confluência que é o Círio?", reflete o curador.
Paes destaca que a palavra "percurso" está presente em diversos elementos da festa, como o trajeto da corda, o percurso da imagem de Nossa Senhora de Nazaré e os caminhos percorridos pelos fiéis até a procissão. A exposição reflete essa diversidade de trajetos, com objetos que representam o cotidiano, como os tradicionais barquinhos de miriti que, segundo Paes, "transitam nesse rio de gente que é a procissão".
Entre os destaques da mostra estão a corda, com exemplares originais de vários anos, incluindo o Círio 200, e uma bicicleta usada por um devoto como pagamento de promessa. O promesseiro, após comprar uma casa, ofereceu a bicicleta, que era seu meio de transporte para o trabalho, a Nossa Senhora de Nazaré em agradecimento. A informação é documentada e consta nos arquivos do Museu do Círio.
Serviço :
Exposição: Círio de Nazaré: Percursos (I)Materiais
Local: Galeria Fidanza – Museu de Arte Sacra (Praça Frei Caetano Brandão, s/n, Cidade Velha, Belém – PA)
Data: De 8 de outubro a 10 de novembro
Horário de visitação: Terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada: Gratuita
Fonte: AGÊNCIA PARÁ